"Mesmo sendo um dos países que mais aumentaram os gastos com educação entre os anos 2000 e 2009, o Brasil ainda não investe o recomendado do PIB (Produto Interno Bruto) em educação e está longe de aplicar o valor anual por aluno indicado pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), com base na média dos países membros. Os dados fazem parte do relatório sobre educação divulgado nesta terça-feira (11) pelo órgão."
Fonte: uol educação.
Embora o Brasil tenha sido o País que mais aumentou seus investimentos, a qualidade da educação não refletiu nem reflete tais investimentos.
Fala-se muito sobre o crescente investimento em "educação", mas há que se observar que investimento em merenda, uniforme, transporte escolar ou correlatos NÃO significam investimento em educação!
Vi um especialista em mercado de trabalho falando "DEVEMOS DEIXAR DE LADO DISCUSSÕES DE CUNHO QUANTITATIVO E PASSAR PARA A DISCUSSÃO QUALITATIVA DA EDUCAÇÃO" e acrescentou que "ALUNOS DEVEM SER MAIS COBRADOS COM PROVAS PERIÓDICAS". Agora me diz de que adianta dar provas? Para que elas servem? Digo que na educação brasileira ela tem servido na esmagadora maioria dos casos para que o professor repense sua atividade pedagógica e deveria ser também uma forma de o aluno também repensar sua postura enquanto estudante. Ou não?
Outra especialista disse que "O ENSINO DE MATEMÁTICA DEVERIA SER MAIS ADENSADO E MAIS VOLTADO PARA TECNOLOGIA, COMO FEITO EM PAÍSES COMO A CORÉIA DO SUL". Relato, por experiência própria que, quando é possível tornar o ensino mais adensado e tentar passar aos alunos mais conhecimentos em ferramentas muito usadas sabidamente pela tecnologia, no ensino fundamental II ou no ensino médio, NÃO RECEBEMOS ALUNOS NEM MINIMAMENTE PREPARADOS PARA APRENDÊ-LOS. Recebemos alunos analfabetos, semianalfabetos ou analfabetos funcionais nos quinto e sexto anos do ensino fundamental bem como no ensino médio. Milagre não é possível fazer! A progressão continuada está aí! Como ensinar matrizes, trigonometria, geometria, dentre outros, de maneira mais densa a alunos que mal sabem ler, somar e em nada são cobrados ou em quase nada são cobrados? E falando em tecnologia: levante as mãos para o céu quando encontrar uma escola que tenha laboratório de informática com um computador por aluno por sala. Isso no estado mais rico da federação brasileira. Belíssimo panorama para um ensino mais voltado para tecnologia não é?
Mostraram na reportagem da qual tirei essas falas, um ex-aluno de escola pública que relatou que "OS PROFESSORES NÃO SÃO MUITO BEM FORMADOS E QUE OS ALUNOS NÃO COLABORAM, FAZEM BAGUNÇA, ETC". Conheço bons e maus professores do ponto de vista de seus conhecimentos e, garanto, não adianta colocar professores com uma excelente formação em uma sala de aula onde os alunos estão cientes de que não precisam estudar e de que em nada poderão ser cobrados! Apenas o professor cobra do aluno que faça as tarefas, estude, participe, coopere, não desrespeite entre outras questões. A maioria dos alunos está abandonada intelectualmente por suas famílias e o professor em sala de aula não vai suprir a cobrança necessária ao bom desenvolvimento acadêmico do aluno. Isso é um fato!
Não observo possível aumento qualitativo numa educação regida pela "progressão continuada", mesmo no projeto original que não se traduz em "aprovação automática" a adequação a nossa cultura não seria, ao meu ver, possível, haja vista que ela demanda um comprometimento por parte dos alunos que eles ainda não estão culturalmente preparados para ter. A receita é simples e países como a China e a Coréia do Sul têm muito a nos ensinar: DISCIPLINA, COBRANÇA ESCOLAR E SOCIAL (educação é imposto devolvido, é trabalho da sociedade como um todo), ESTUDO SOB RESPONSABILIDADE DO ALUNO. Ninguém pode ser mais responsável que eu pelos conhecimentos que pretendo ou preciso adquirir. Devo eu ser SUJEITO da minha aprendizagem sempre. O professor deve ser um FACILITADOR no processo de ensino aprendizagem e não, como é hoje, um centralizador do conhecimento a ser transferido. Lembro que, aprender demanda esforço e dedicação pessoais e tem muito mais relação com esses dois adjetivos que com diversão ou qualquer similar a isso.

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