Você que assistir a este vídeo vai provavelmente pensar: - É
apenas um caso isolado em alguma escola. Certo? Não. Errado! Casos como este
são bem comuns em muitas escolas públicas brasileiras.
Frente ao fato há uma tendência em procurar culpados. Digo a
vocês que estudiosos da educação teriam uma forte tendência em analisar
minuciosamente a conduta da professora e tentar apontar seus erros na forma
como se portou frente ao conflito. Já professores, têm uma tendência maior em
culpar o aluno, haja vista o convívio diário com situações de desrespeito,
principalmente por parte deles e algumas vezes, há que se admitir, por parte
dos docentes.
O fato é que a culpa não está na professora, no aluno, dentro
da sala ou mesmo, dentro do ambiente escolar. Hoje temos leis e teorias
pedagógicas que produzem situações como essas. A maioria dos pais trabalha e
não têm tempo para seus filhos. Isso é um fato! A educação familiar está sendo
terceirizada à escola e ela não tem competência para cumprir este papel que é
única e exclusivamente de responsabilidade da família. Falar em disciplina
ofende estudiosos de educação haja vista que, na opinião da maioria deles, a
indisciplina do aluno é culpa do professor. Pasmem! É isso mesmo. Culpa do
professor! Admito que há lógica na argumentação dessa teoria, mas é fato, para
quem está em sala de aula, que ela abarca a nada esmagadora minoria dos casos
de indisciplina.
Preciso falar em nossas leis, propostas pelo poder legislativo
nas três esferas de governo? Ou bastaria lembrar a qualidade dos nossos
parlamentares? A capacidade deles em julgar, votar ou propor normas
educacionais é, no mínimo, profundamente duvidosa. A sociedade convive com o
ECA, que é uma lei de proteção aos "BANDIDOS" produzidos pela
sociedade e na escola, principalmente. Pra quê disciplina? A LDB poderia ser chamada de "lei paz e
amor" que distribui todo essa amor pela autonomia legislativa educacional
dos estados e municípios brasileiros. Mas pra que procurarmos nos informar
sobre tais leis? EDUCAÇÃO NÃO É DE INTERESSE PÚBLICO!
Situações como as neste vídeo vistas são muito mais comuns
que pensamos e vão aumentar já que a escola não está aí para formar cidadãos. A
escola está a serviço de uma elite que quer manter pobre o filho do pobre.
Os pais em grande parte não estão nem um pouco preocupados
com o desenvolvimento intelectual de seus filhos. Só aparecem na escola em dia
de matrícula e, muito a contra gosto em dias de reunião. Quando vão!
Os professores estão rendidos aos status quo, trabalham sem
possibilidades reais de cobrar de seus alunos qualquer produção. A cobrança é
uma pressão constantemente exercida para tentar extrair deles o que de melhor
podem dar. Trabalham num nível bem baixo, do ponto de vista dos conteúdos a
serem desenvolvidos. O engraçado é que se você fizer um levantamento, em grande
parte das escolas, das notas dos alunos, encontrará médias escolares muito mais
elevadas que as médias dessas escolas em qualquer avaliação institucional. Por
que será que isso acontece? Acontece
porque nem a nota faz mais parte de uma conquista dos alunos frente ao que
produziram. Ela é, em grande parte, um esforço do professor para que não haja
muitas notas vermelhas em seus diários. Absurdo!
Todo este meu desabafo é para mostrar que situações de
violência como a vista têm aumentado muito e vão continuar aumentando a menos
que haja uma profunda reforma na legislação. O ECA representa uma conquista em
muitos pontos, assim como a LDB, mas ambos agem fortemente no sentido de
produzir vagabundos e não de produzir cidadãos e essa ação deve ser dirimida
para que possamos começar a pensar em qualidade.

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