quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Sem espelho

Olho o céu e vejo o mundo tão pequeno quanto o alcance da minha visão, tão grande quanto a minha capacidade de ver e tão problemático quanto a minha maneira de sentir. Esse é o mundo que está aí, essa é uma pequena parte da subjetividade nossa no mundo. Poucas coisas são mais subjetivas que o mundo. São muitos os mundos que estão aí para alegrar, ferir, estimular, fazer desistir seus detentores, detentos que são e si mesmos. E quem determina o mundo? Eu a ele ou ele a mim?

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Revolta é pouco. Muito pouco!

"Senado decide pagar Imposto de Renda de salários extras de parlamentares. Cobrança feita pela Receita Federal em agosto se refere aos 14º e 15º salários recebidos nos anos de 2007 a 2011; Casa considera que a falha não foi dos senadores".

Noticia veiculada em 25/09/2012

FILHOS DE UMA PUTA! Aos trabalhadores de fato resta ter descontado de seus ordenados qualquer que seja o valor excedente, independentemente de quem seja o erro! Não dá para ser feliz sabendo que eu banco esse bando de VAGABUNDOS. Décimo quarto e décimo quinto salários? Você tem isso? Continue a se desinteressar por política e pelo que os políticos fazem e você também terá que bancar essa vida mansa continuamente. Temos de começar a conhecer, pois, um dia, conhecimento vira consciência e aí ninguém segura uma grande mudança neste País que só virá, acredite, com revolta, protesto e muita, mas muita luta!





terça-feira, 25 de setembro de 2012

Continuamos a produzir a sociedade do...



Você que assistir a este vídeo vai provavelmente pensar: - É apenas um caso isolado em alguma escola. Certo? Não. Errado! Casos como este são bem comuns em muitas escolas públicas brasileiras.
Frente ao fato há uma tendência em procurar culpados. Digo a vocês que estudiosos da educação teriam uma forte tendência em analisar minuciosamente a conduta da professora e tentar apontar seus erros na forma como se portou frente ao conflito. Já professores, têm uma tendência maior em culpar o aluno, haja vista o convívio diário com situações de desrespeito, principalmente por parte deles e algumas vezes, há que se admitir, por parte dos docentes.
O fato é que a culpa não está na professora, no aluno, dentro da sala ou mesmo, dentro do ambiente escolar. Hoje temos leis e teorias pedagógicas que produzem situações como essas. A maioria dos pais trabalha e não têm tempo para seus filhos. Isso é um fato! A educação familiar está sendo terceirizada à escola e ela não tem competência para cumprir este papel que é única e exclusivamente de responsabilidade da família. Falar em disciplina ofende estudiosos de educação haja vista que, na opinião da maioria deles, a indisciplina do aluno é culpa do professor. Pasmem! É isso mesmo. Culpa do professor! Admito que há lógica na argumentação dessa teoria, mas é fato, para quem está em sala de aula, que ela abarca a nada esmagadora minoria dos casos de indisciplina.
Preciso falar em nossas leis, propostas pelo poder legislativo nas três esferas de governo? Ou bastaria lembrar a qualidade dos nossos parlamentares? A capacidade deles em julgar, votar ou propor normas educacionais é, no mínimo, profundamente duvidosa. A sociedade convive com o ECA, que é uma lei de proteção aos "BANDIDOS" produzidos pela sociedade e na escola, principalmente. Pra quê disciplina?  A LDB poderia ser chamada de "lei paz e amor" que distribui todo essa amor pela autonomia legislativa educacional dos estados e municípios brasileiros. Mas pra que procurarmos nos informar sobre tais leis? EDUCAÇÃO NÃO É DE INTERESSE PÚBLICO!
Situações como as neste vídeo vistas são muito mais comuns que pensamos e vão aumentar já que a escola não está aí para formar cidadãos. A escola está a serviço de uma elite que quer manter pobre o filho do pobre.
Os pais em grande parte não estão nem um pouco preocupados com o desenvolvimento intelectual de seus filhos. Só aparecem na escola em dia de matrícula e, muito a contra gosto em dias de reunião. Quando vão!
Os professores estão rendidos aos status quo, trabalham sem possibilidades reais de cobrar de seus alunos qualquer produção. A cobrança é uma pressão constantemente exercida para tentar extrair deles o que de melhor podem dar. Trabalham num nível bem baixo, do ponto de vista dos conteúdos a serem desenvolvidos. O engraçado é que se você fizer um levantamento, em grande parte das escolas, das notas dos alunos, encontrará médias escolares muito mais elevadas que as médias dessas escolas em qualquer avaliação institucional. Por que será que isso acontece?  Acontece porque nem a nota faz mais parte de uma conquista dos alunos frente ao que produziram. Ela é, em grande parte, um esforço do professor para que não haja muitas notas vermelhas em seus diários. Absurdo!
Todo este meu desabafo é para mostrar que situações de violência como a vista têm aumentado muito e vão continuar aumentando a menos que haja uma profunda reforma na legislação. O ECA representa uma conquista em muitos pontos, assim como a LDB, mas ambos agem fortemente no sentido de produzir vagabundos e não de produzir cidadãos e essa ação deve ser dirimida para que possamos começar a pensar em qualidade.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Importante

Nós, professores, temos de tomar muito cuidado para que o nosso direito de ensinar não prive o aluno do seu direito de aprender.

Marcos Leandro de Abreu... É nóis kkkkkk

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Ser professor?

Li um comentário (texto de Samira Soares, segundo o administrador da página) na página do "só matemática" no facebook e, dado o excessivo romantismo do texto frente ao que é, segundo sua autora, ser professor, postei logo depois meu comentário: 

Acho tudo que foi colocado no comentário anterior uma parcial possibilidade frente ao que realmente é ser professor. Embora muito romântica, realmente muitas das questões colocadas são possíveis, mas tenho medo do romantismo de textos como o de Samira Soares, uma vez que romantismo e ralidade têm apenas uma intersecção que é pequena frente ao complementar de um em relação ao outro. O romantismo mente quando é muito exacerbado e o professor tem de ser precipuamente comprometido com a VERDADE e não com a ilusão! Ser professor é fundamentalmente ser PROFISSIONAL sem deixar, claro, de lado, a dimensão humana inerente à profissão. Tenho medo do romantismo que distorce a realidade!


quarta-feira, 12 de setembro de 2012

O insucesso da educação pública brasileira





"Mesmo sendo um dos países que mais aumentaram os gastos com educação entre os anos 2000 e 2009, o Brasil ainda não investe o recomendado do PIB (Produto Interno Bruto) em educação e está longe de aplicar o valor anual por aluno indicado pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), com base na média dos países membros. Os dados fazem parte do relatório sobre educação divulgado nesta terça-feira (11) pelo órgão."

Fonte: uol educação.

Embora o Brasil tenha sido o País que mais aumentou seus investimentos, a qualidade da educação não refletiu nem reflete tais investimentos.
Fala-se muito sobre o crescente investimento em "educação", mas há que se observar que investimento em merenda, uniforme, transporte escolar ou correlatos NÃO significam investimento em educação! 
Vi um especialista em mercado de trabalho falando "DEVEMOS DEIXAR DE LADO DISCUSSÕES DE CUNHO QUANTITATIVO E PASSAR PARA A DISCUSSÃO QUALITATIVA DA EDUCAÇÃO" e acrescentou que "ALUNOS DEVEM SER MAIS COBRADOS COM PROVAS PERIÓDICAS". Agora me diz de que adianta dar provas? Para que elas servem? Digo que na educação brasileira ela tem servido na esmagadora maioria dos casos para que o professor repense sua atividade pedagógica e deveria ser também uma forma de o aluno também repensar sua postura enquanto estudante. Ou não?
Outra especialista disse que "O ENSINO DE MATEMÁTICA DEVERIA SER MAIS ADENSADO E MAIS VOLTADO PARA TECNOLOGIA, COMO FEITO EM PAÍSES COMO A CORÉIA DO SUL". Relato, por experiência própria que, quando é possível tornar o ensino mais adensado e tentar passar aos alunos mais conhecimentos em ferramentas muito usadas sabidamente pela tecnologia, no ensino fundamental II ou no ensino médio, NÃO RECEBEMOS ALUNOS NEM MINIMAMENTE PREPARADOS PARA APRENDÊ-LOS. Recebemos alunos analfabetos, semianalfabetos ou analfabetos funcionais nos quinto e sexto anos do ensino fundamental bem como no ensino médio. Milagre não é possível fazer! A progressão continuada está aí! Como ensinar matrizes, trigonometria, geometria, dentre outros, de maneira mais densa a alunos que mal sabem ler, somar e em nada são cobrados ou em quase nada são cobrados? E falando em tecnologia: levante as mãos para o céu quando encontrar uma escola que tenha laboratório de informática com um computador por aluno por sala. Isso no estado mais rico da federação brasileira. Belíssimo panorama para um ensino mais voltado para tecnologia não é?
Mostraram na reportagem da qual tirei essas falas, um ex-aluno de escola pública que relatou que "OS PROFESSORES NÃO SÃO MUITO BEM FORMADOS E QUE OS ALUNOS NÃO COLABORAM, FAZEM BAGUNÇA, ETC". Conheço bons e maus professores do ponto de vista de seus conhecimentos e, garanto, não adianta colocar professores com uma excelente formação em uma sala de aula onde os alunos estão cientes de que não precisam estudar e de que em nada poderão ser cobrados! Apenas o professor cobra do aluno que faça as tarefas, estude, participe, coopere, não desrespeite entre outras questões. A maioria dos alunos está abandonada intelectualmente por suas famílias e o professor em sala de aula não vai suprir a cobrança necessária ao bom desenvolvimento acadêmico do aluno. Isso é um fato! 
Não observo possível aumento qualitativo numa educação regida pela "progressão continuada", mesmo no projeto original que não se traduz em "aprovação automática" a adequação a nossa cultura não seria, ao meu ver, possível, haja vista que ela demanda um comprometimento por parte dos alunos que eles ainda não estão culturalmente preparados para ter. A receita é simples e países como a China e a Coréia do Sul têm muito a nos ensinar: DISCIPLINA, COBRANÇA ESCOLAR E SOCIAL (educação é imposto devolvido, é trabalho da sociedade como um todo), ESTUDO SOB RESPONSABILIDADE DO ALUNO. Ninguém pode ser mais responsável que eu pelos conhecimentos que pretendo ou preciso adquirir. Devo eu ser SUJEITO da minha aprendizagem sempre. O professor deve ser um FACILITADOR no processo de ensino aprendizagem e não, como é hoje, um centralizador do conhecimento a ser transferido. Lembro que, aprender demanda esforço e dedicação pessoais e tem muito mais relação com esses dois adjetivos que com diversão ou qualquer similar a isso.

domingo, 20 de maio de 2012

Fidelidade

A maior fidelidade é aquela que dedicamos aos nossos valores. Quando desrespeitamos alguém por qual for o motivo estaremos demonstrando que não construímos valores que nos permitam alteridade ou que estamos, na verdade, desrespeitando a nós mesmos.