Devo começar dizendo que muito tenho a agradecer por meu novo, já não tão novo assim, emprego. Tem sido uma oportunidade única de conhecer melhor meu povo, o brasileiro.
Agora estou aqui para expor uma de minhas percepções durante meus dias de trabalho, não só uma critica deste que escreve direcionada aos que leêm, mas muito além disso, uma autocritica uma constatação de minha apredizagem, o que torna tudo aqui relatado muito mais significante.
Quem são os fracos e quem são os fortes? Só podemos perceber que posição ocupa cada um numa situação de conflito quando observamos tal situação, embora, e aqui vem a mais importante questão deste texto, essa percepção, fraco ou forte, não deve ter a menor importância num provável julgamento que subjetivamente será feita da observação.
O brasileiro é um povo por demasiado passional e quando do conflito ele certamente tomará partido do lado, para ele, mais fraco. Nos jogos da copa, por exemplo, você quando assiste um jogo, em que a seleção brasileira não esteja em campo, certamente não estará torcendo pela seleção de um país que seja visto como uma potência mas sim para aquele outro: - "O coitadinho"! Se você se depara com uma situação onde o motorista do ônibus não quer dar passagem para um dos nossos marginais sociais muito provavelmente vem a sua cabeça adjetivos não muito elogiosos com relação ao motorista. Se a situação observada envolver alguma pessoa com deficiência ou crianças ou velhinhos então... Coitado do "carrasco" ele estará perdido.
O que eu desejo mostrar com os comentários colocados é que pouquissimas vezes procuramos saber qual foi o fato gerador dos conflitos, simplesmente tiramos uma foto do momento que estamos presenciando e já, de imediato, escolhemos defender "O coitado", mas será mesmo que o coitado está sempre certo? Não devemos nos preocupar com essa pergunta haja vista que estaremos sendo injustos se não o fizermos?
Um desses dias, crianças, de sete a nove anos de idade invadiram meu trabalho e tomaram ações que eu, até então, achava impossíveis por parte de crianças. As palavras proferidas por elas eram impressionantes. Essas crianças quebravam, chingavam, batiam, pulavam, chutavam e cometiam todos os tipos possíveis de agressão. Eu, que nunca estive diante de tal situação, fiquei observando a situação impressinado, mas eu e meus colegas não tocamos nas crianças, pois, sabemos que elas são intocáveis - ECA.
Pessoas que viram as atitudes por parte das crianças desde o começo deram razão a nós, funcionários e seguranças, se disponibilizando até como testemunhas do ocorrido. Um tempinho depois, quando os seguranças tentavam, como já há algum tempo, conter as ações das crianças, um grupo de "clientes" apareceu e olhando a situação - foto - logo tomaram partido das crianças e partiram para o enfrentamento contra os seguranças. Por que ficar do lado das crianças? Por que não tentar saber o motivo real daquilo que veêm?
A defesa dos subjetivamente percebidos como fracos em detrimento dos também subjetivamente percebidos como fortes está institucionalizado. Temos diversas leis que institucionalizam "Os coitados" e o Estatudo da criança e do adolescente é uma delas, além de leis anti-racismo ou leis de cunho afirmativo, enfim, todas elas estão aí agindo como feras sem cérebro como cada um de nós fazemos ao tirar uma foto do conflito.
Devemos pensar também se o mais perverso dos conflitos não seja o dos fracos contra os fracos. Trabalho num lugar onde o forte impõe as regras e essas regras criam conflitos entre mim e os outros fracos. O forte nessa hora está bem tranquilo, sossegado, em paz! Lindo isso né?
O mais importante é a justiça, ainda é ela, o certo nem sempre é o justo e devemos incansavelmente procurar por justiça, tentar estabelecê-la da melhor maneira possível. A justiça é impessoal e imparcial, não importa quem são os envolvidos, fracos ou fortes, mas sim que se faça o justo ao final das contas.
Agora estou aqui para expor uma de minhas percepções durante meus dias de trabalho, não só uma critica deste que escreve direcionada aos que leêm, mas muito além disso, uma autocritica uma constatação de minha apredizagem, o que torna tudo aqui relatado muito mais significante.
Quem são os fracos e quem são os fortes? Só podemos perceber que posição ocupa cada um numa situação de conflito quando observamos tal situação, embora, e aqui vem a mais importante questão deste texto, essa percepção, fraco ou forte, não deve ter a menor importância num provável julgamento que subjetivamente será feita da observação.
O brasileiro é um povo por demasiado passional e quando do conflito ele certamente tomará partido do lado, para ele, mais fraco. Nos jogos da copa, por exemplo, você quando assiste um jogo, em que a seleção brasileira não esteja em campo, certamente não estará torcendo pela seleção de um país que seja visto como uma potência mas sim para aquele outro: - "O coitadinho"! Se você se depara com uma situação onde o motorista do ônibus não quer dar passagem para um dos nossos marginais sociais muito provavelmente vem a sua cabeça adjetivos não muito elogiosos com relação ao motorista. Se a situação observada envolver alguma pessoa com deficiência ou crianças ou velhinhos então... Coitado do "carrasco" ele estará perdido.
O que eu desejo mostrar com os comentários colocados é que pouquissimas vezes procuramos saber qual foi o fato gerador dos conflitos, simplesmente tiramos uma foto do momento que estamos presenciando e já, de imediato, escolhemos defender "O coitado", mas será mesmo que o coitado está sempre certo? Não devemos nos preocupar com essa pergunta haja vista que estaremos sendo injustos se não o fizermos?
Um desses dias, crianças, de sete a nove anos de idade invadiram meu trabalho e tomaram ações que eu, até então, achava impossíveis por parte de crianças. As palavras proferidas por elas eram impressionantes. Essas crianças quebravam, chingavam, batiam, pulavam, chutavam e cometiam todos os tipos possíveis de agressão. Eu, que nunca estive diante de tal situação, fiquei observando a situação impressinado, mas eu e meus colegas não tocamos nas crianças, pois, sabemos que elas são intocáveis - ECA.
Pessoas que viram as atitudes por parte das crianças desde o começo deram razão a nós, funcionários e seguranças, se disponibilizando até como testemunhas do ocorrido. Um tempinho depois, quando os seguranças tentavam, como já há algum tempo, conter as ações das crianças, um grupo de "clientes" apareceu e olhando a situação - foto - logo tomaram partido das crianças e partiram para o enfrentamento contra os seguranças. Por que ficar do lado das crianças? Por que não tentar saber o motivo real daquilo que veêm?
A defesa dos subjetivamente percebidos como fracos em detrimento dos também subjetivamente percebidos como fortes está institucionalizado. Temos diversas leis que institucionalizam "Os coitados" e o Estatudo da criança e do adolescente é uma delas, além de leis anti-racismo ou leis de cunho afirmativo, enfim, todas elas estão aí agindo como feras sem cérebro como cada um de nós fazemos ao tirar uma foto do conflito.
Devemos pensar também se o mais perverso dos conflitos não seja o dos fracos contra os fracos. Trabalho num lugar onde o forte impõe as regras e essas regras criam conflitos entre mim e os outros fracos. O forte nessa hora está bem tranquilo, sossegado, em paz! Lindo isso né?
O mais importante é a justiça, ainda é ela, o certo nem sempre é o justo e devemos incansavelmente procurar por justiça, tentar estabelecê-la da melhor maneira possível. A justiça é impessoal e imparcial, não importa quem são os envolvidos, fracos ou fortes, mas sim que se faça o justo ao final das contas.
